Não é de hoje que a gente ouve que os homens são praticamente movidos a sexo enquanto as mulheres só pensam em compras, chocolate e fofoca, né? Quem nunca viu aqueles diagramas machistas do “cérebro da mulher” e do “cérebro do homem”, onde quase tudo no dos homens é sobre sexo? Essa ideia ultrapassada e misógina já faz parte da cultura popular, mas será que ela tem algum fundamento?
O Mito dos Sete Segundos
Um dos maiores mitos sobre o desejo sexual é aquele papo de que os homens pensam em sexo a cada sete segundos. Sério? Isso daria mais de 12 mil vezes por dia! Parece absurdo, né? E é mesmo! Pesquisadores garantem que isso não passa de uma lenda urbana sem qualquer base científica. Na real, estudos mostram que os homens pensam em sexo cerca de 19 vezes por dia, enquanto as mulheres pensam, em média, 10 vezes. E nem essa média é algo pra se confiar cegamente, porque, convenhamos, medir isso com precisão é bem complicado. Mas mesmo assim, o mito persiste e muitas vezes é usado pra justificar comportamentos masculinos inapropriados.
Justificativas Para Comportamentos Inadequados
Quantas vezes você já ouviu um “Ah, homens são assim mesmo” para justificar um assédio na balada ou a insistência de um parceiro em transar quando a outra pessoa não quer? Isso é tóxico e atrasado. Estamos em 2024, e é hora de entender que o desejo não é uma exclusividade masculina. As mulheres têm tanto direito ao prazer e ao desejo quanto os homens.
Se você assistiu ‘The Handmaid’s Tale’, baseada no livro da Margaret Atwood, já deve ter percebido como esses discursos são retratados na série. Em uma sociedade ultrarreligiosa onde o sexo é só para reprodução e o prazer é quase um pecado, o comandante Fred Waterford usa esses argumentos para justificar suas escapadas noturnas para um clube de prostituição exclusivo para homens. Ele diz: “Somos todos humanos, afinal”, referindo-se apenas aos homens, claro.
O Peso do Desejo e a Influência dos Estímulos
Estudos mostram que a principal diferença no desejo sexual entre homens e mulheres está no peso que damos ao assunto e na forma como somos expostos aos estímulos. Uma pesquisa de 2014 revelou que os desejos podem ser bem parecidos entre os gêneros, dependendo muito mais dos estímulos certos do que de qualquer outra coisa. As autoras ainda afirmam que não há diferença significativa na frequência de pensamentos sobre sexo entre homens e mulheres.
A História do Desejo Contada Por Homens
É importante lembrar que historicamente, a maioria dos textos sobre sexualidade foi escrita por homens. Isso quer dizer que o assunto já chega com um viés masculino e muitas vezes incompleto quando se trata da libido feminina. A sexualidade das mulheres foi e ainda é muitas vezes contada através do olhar masculino, e isso distorce a percepção sobre como nós, mulheres, vivemos e expressamos nosso desejo.
Nossa libido foi moldada muito mais pelas expectativas sociais do que pela biologia, mais pelas repressões do que pela liberdade. Assim como fomos excluídas das páginas dos livros de história, também fomos retiradas das narrativas sobre a sexualidade humana. Mas isso não significa que temos que aceitar passivamente. Hoje, mais do que nunca, é hora de reivindicar esse espaço que é nosso por direito e falar abertamente sobre nossos desejos, vontades e prazeres.
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